Puepério e a montanha-russa de emoções da chegada de um bebê
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Puepério e a montanha-russa de emoções da chegada de um bebê


Puerperio é montanha-russa no escuro, você nem sabe de onde virá a próxima descida.

Tá tudo bem: seu bebê mama, você tem leite, os peitos não estão empedrados, nem sangram e você conseguiu o tão sonhado parto natural. Seu filho mais velho não quer assassinar o bebê e ainda por cima é fofo, faz carinho e conta orgulhoso pro mundo que o irmão chegou. Cereja do bolo: você tem um marido bacana, bacana não, incrível, fodástico, que te apoiou do começo ao fim em todo o processo e que até vinho e queijo daqueles que você ama te deu. Vinho, álcool, sacou? Na primeira semana de puerpério. E trocou fralda, deu banho, brincou com o mais velho e te levou pra comer hambúrguer no terceiro dia de pós-parto. Você é tipo um unicórnio. Com a crista de arco-íris. Nem você acredita.

Você é tipo uma lenda, que vai contra todos os clichês. Você lava o cabelo, todo dia. E seca. E passa cremes. Seu obstetra acha sua cara ótima. O pediatra idem. E você? Você chora. Chora de soluçar. Chora de emoção. Chora de saudades. Chora de cansaço, de solidão. Chora com as notícias do mundo. Chora porque está fora do mundo. Chora porque perdeu o rumo. Chora porque encontrou. Aí você pensa: se eu, unicórnio da crista de arco-íris choro, imagina a mãe sem rede de apoio? Pior... imagina aquela com marido c*zão, violento, ausente? Aí você chora um pouco mais. Chora por todo o feminino, perdido e encontrado, pela maternidade que atropela e arromba portas.

Aí seu bebê quer mamar. E o choro dá lugar a entrega e você lembra do que a Rafaela disse: você nunca mais será amada dessa forma. Ah, os dias de neblina... ainda bem que por trás dessa névoa toda vai sair um baita sol.

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